![]()
.
Domingo estava quente e prometia ser enfadonho para repousar o corpo durante toda a tarde no sofá e, como Vilar de Perdizes fica aqui ao pé da mão, toca lá e bota até aos bruxos, bruxas, cartomantes, adivinhos, mezinhas, chás, licores que levantam o pau e outras coisas mais e, para o cenário estar completo, só faltam (ou faltavam) mesmo as ciganas para ler a sina (há que lembrar isso ao Padre Fontes).
Mas, coitada da Rita que serve de decoração a semelhante cabaça, daquelas que iam para o campo cheias de vinho para matar a sede e repor forças. A olhar pelas cabaças, já compreendo agora porque é que os campos estão de “poulo”, pudera, por essas cabaças também eu não bebia, e a julgar pela cara do Tio Homem (pois não tem cara de bruxo), o negócio era tanto, que até aproveitava as horas mortas para botar uma sestinha.
Pró ano prometo ir outra vez até Vilar de Perdizes para ver como vai o negócio das cabaças…entretanto, parece que os licores levanta o pau venderam muito bem.