Para um poema de Edgar Carneiro
.
AS TRÊS PONTES
No começo longínquo dos meus dias,
a sentir-me inseguro
sem rumo e sem guias,
de três pontes havia que escolher
Era uma de pedras precisoas,
tapetada de rosas,
por onde iam os donos do poder.
Era outra dos arcos de triunfo,
tapetada de junco,
por onde iam as almas de eleição.
Era outra de sonhos e suspiros.
Com luar a mantê-la
é ainda por ela
que vai meu coração.
Edgar Carneiro, in "PÉRIPLO" - 2009