Animais - Aves
Aves de Rapina
Olhares que impressionam quem os vê, impressionantes e belos, digo eu…
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Olhares que impressionam quem os vê, impressionantes e belos, digo eu…
Desde que vi uma gralha-de-nuca-cinzenta (Coloeus monedula) a andar de bicicleta, passei a acreditar em tudo… bá, quase tudo!
Não tenho vergonha nenhuma em dizer que existem assuntos que eu não domino e um deles é o da fauna, principalmente o das aves, tantas que elas são. Conheço as galinhas, os perús, os patos, os gansos, e os pardais que me pousam no quintal, mas também os melros, os tordos, as pombas, as rolas, os pintassilgos, as pegas, as cegonhas, ou seja, a passarada cujo habitat é o que rodeia a minha casa. Fora isso, mais selvagem só mesmo as perdizes, os gaios e as aves de rapina, que para mim, são todas águias. À beira mar, conheço as gaivotas. Tudo isto para vos dizer que há dias, num passeio fotográfico com o amigo L. ao longo da Ria de Aveiro, a certa altura vi uma gaivota pousada em cima de uma baliza de madeira da ria e comentei “ A gaivota está mesmo a posar para a foto” e vai daí o meu amigo L. disse-me – “ é uma andorinha”. Pois pensava eu que andorinhas eram só aquelas que por aqui fazem os ninhos nos beirais dos telhados e que fazem uma chiadeira insuportável quando andam umas atrás das outras… bem, fiquei a saber que afinal no mar não há só gaivotas.
Tudo isto porque queria dar nome à personagem da primeira foto e inicialmente fiquei sem saber que raio de ave era. Gaivota não me parecia, andorinha do mar também não, mas afinal, e depois de pesquisa apurada cheguei à conclusão de que, se calha, até é mesmo uma gaivota, mas de cabeça preta. Tenho de perguntar ao meu amigo L.
Mas conhecendo agora melhor a Ria de Aveiro, não me estranha nada que tivessem pintado a cabeça à gaivota, tal como pintam outras coisas, ou então, sou eu que também desconheço esta espécie da segunda foto dos putos de loiça, daqueles que costumam pôr nos jardins a fazer chichi, pois os da minha terra lá fazem o chichi deles, mas não têm bigode. Ou serão devaneios, ou então um menino que já é homem, mas pequenino.
Bem, de passarada não percebo mesmo nada, por isso, é melhor ficar-me por aqui.
Andava para aqui à procura das palavras para ilustrar o post. Como sempre quando as palavras me fogem, rendo-me à evidência da falta de inspiração e recorro à inspiração dos outros, dos poetas, que tão intensamente sabem pintar as palavras.
Peguei num dos meus poetas de cabeceira, mas não serviu. Peguei noutro, depois outro, mais um, mais outro… tudo palavras deprimentes…como são tristes os poetas e no entanto há momentos, dias ou talvez noites, em que só neles consigo beber qualquer coisa de racional. Definitivamente, hoje, não insisto mais em procurar inspiração nos poetas, mas já que perdi o meu tempo, ficam as palavras de um deles.
Sobre o Caminho
Nada
Nem o branco fogo do trigo
Nem as agulhas cravadas na pupila dos pássaros
Te dirão palavra
Não interrogues não perguntes
Entre a razão e a turbulência da neve
Não há diferença
Não colecciones dejectos o teu destino és tu
Despe-te
Não há outro caminho
Eugénio de Andrade
Tristes poetas! Mas tristeza a sério e tristes a sério, daqueles tristes que são tristes, mesmo tristes, são os entendidos que gostam dos poetas tristes e que, de entre tantos, têm a triste ousadia de acasalar na poesia Eugénio de Andrade e Manuel Alegre. Tristes entendidos que não entendem que a tristeza dos poetas se faz num brilhante pôr-do-sol de dias que anoitecem ou, mais puro ainda, numa aurora que nos traz da longa noite e nos desperta a para a luz de uma nova vida.
Pois é meu caro amigo J., para além dos ingénuos, as bestas também dizem gostar do Eugénio.
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