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Estou apaixonado. Aliás a minha única razão de existir é estar sempre apaixonado e, graças a Deus, a quem agradeço tão pouco, tenho muitas paixões, paixões disparatadas até, mas não interessa, são paixões…
Uma das minhas paixões é descobrir coisas, como quem diz, aprender coisas. Aprendi que estas montanhas das Astúrias têm muita história, da inconveniente, que é a que me interessa, daquela que incomoda mesmo, daquela que escondem e ninguém tem orgulho, daquela que incomoda a sério, daquela que ninguém quer falar, daquela que é a verdadeira história. Eu gosto de história, da verdadeira, mas meu Deus, há tão pouca (Deus é citado pela segunda vez).
Incomoda-me também, e já faço disso outra paixão, ver uma foto como esta manchada com um raio de manchas das quais não me consigo livrar… e que em nada engrandecem aquilo que é grande.
Desconversar também dá jeito quando sentimos que falamos ou escrevemos e ninguém nos compreende – Estou apaixonado por isso… mas sobretudo, cada vez mais me apaixono pelo silêncio, de barulho – entenda-se e também de ficar calado, que é um silêncio que se cultiva e até incomoda. Eis outra das minhas paixões!
Meu Deus (citado pela terceira vez), porque me fizeste tão apaixonado!?... e aqui entram os críticos que não percebem nada de nada e nem sequer sabem o que significa ou é a pureza de estar apaixonado. Críticos!? Ignorantes, digo eu. Outra paixão, esta a de incomodar e dar dores nas articulações em dias de chuva.
Acho que o melhor mesmo é terminar aqui e, se me compreendeu, louvo-o por isso, pois é outra das minhas paixões, essa de tentar que haja alguém que me compreenda…
Até breve!