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Fotografia e outros devaneios

Fotografias, e às vezes palavras, de Fernando DC Ribeiro

27
Mai07

Rosas Brancas...há quem deixe de ser mulher assim!

 

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Sem querer falar mais do amarelo do mestre, a cor branca, essa sim é uma cor insossa, desenxabida, sem significado, nem quente nem fria, que nem é cor nem é nada, pois falta-lhe a cor, que até chega a apavorar e a meter medo por tanta ausência de tudo…
 
PURO ENGANO, pois tudo está no branco e na sua cor e uma prova disso, são as rosas, não há rosa com maior beleza e pureza que uma rosa branca, que o digam as mulheres, a Carmencita e a Carmelita …se ainda não notaram, já deixem o branco (ou talvez não) já passei para o sub-real, já ando em terras de Espanha, já fui ter com o Bunuel!, Claro que lhe falta o ~ no n, tal como ao branco lhe falta a cor.
23
Mai07

Paixões, simples paixões...

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Estou apaixonado. Aliás a minha única razão de existir é estar sempre apaixonado e, graças a Deus, a quem agradeço tão pouco, tenho muitas paixões, paixões disparatadas até, mas não interessa, são paixões…
 
Uma das minhas paixões é descobrir coisas, como quem diz, aprender coisas. Aprendi que estas montanhas das Astúrias têm muita história, da inconveniente, que é a que me interessa, daquela que incomoda mesmo, daquela que escondem e ninguém tem orgulho, daquela que incomoda a sério, daquela que ninguém quer falar, daquela que é a verdadeira história. Eu gosto de história, da verdadeira, mas meu Deus, há tão pouca (Deus é citado pela segunda vez).
 
Incomoda-me também, e já faço disso outra paixão, ver uma foto como esta manchada com um raio de manchas das quais não me consigo livrar… e que em nada engrandecem aquilo que é grande.
 
Desconversar também dá jeito quando sentimos que falamos ou escrevemos e ninguém nos compreende – Estou apaixonado por isso… mas sobretudo, cada vez mais me apaixono pelo silêncio, de barulho – entenda-se e também de ficar calado, que é um silêncio que se cultiva e até incomoda. Eis outra das minhas paixões!
 
Meu Deus (citado pela terceira vez), porque me fizeste tão apaixonado!?... e aqui entram os críticos que não percebem nada de nada e nem sequer sabem o que significa ou é a pureza de estar apaixonado. Críticos!? Ignorantes, digo eu. Outra paixão, esta a de incomodar e dar dores nas articulações em dias de chuva.
 
Acho que o melhor mesmo é terminar aqui e, se me compreendeu, louvo-o por isso, pois é outra das minhas paixões, essa de tentar que haja alguém que me compreenda…
 
Até breve!
21
Mai07

Ilha da Madeira

 

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Uma imagem vale mais que mil palavras – está mais que dito e redito, mas a imagem vale aquilo que vale e a palavra também.
 
Quando era mais puto, uma viagem era uma aventura, e não via a hora da partida – o que interessava era partir por aí fora, à descoberta, partir quanto antes e nem sequer interessavam os pormenores, de uma máquina fotográfica, por exemplo.
 
Lamento-me sempre de ter feito muitas viagens pelo puro prazer da aventura sem uma máquina fotográfica na algibeira…ai como o lamento, mas é que o lamento mesmo.
 
Graças as Deus que com a idade fui aprendendo e hoje não há viagem que faça em que não me faça acompanhar de uma ou mais máquinas fotográficas. Posso não tirar uma única fotografia que seja, mas á máquina vai ao meu lado e depois há sempre aquela foto que se tira por tirar, mas que hoje, passados que estão alguns anos, fazem a diferença de se viajar com ou sem máquina fotográfica.
 
A imagem de hoje foi tomada algures na Ilha da Madeira, não sei bem onde, foi lá em cima - com certeza, e sei que sem a máquina fotográfica não teria registado a imagem que de vez em quando me permite o regresso à ilha, como se o momento fosse agora vivido.
 
Ainda bem que cresci e hoje me faço, sempre, acompanhar por uma máquina fotográfica.
19
Mai07

Rio!?

 

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Imagens destas para além do gosto do click do fotógrafo, fazem-me regressar pelo menos vinte anos atrás, ao tempo das paixões e da poesia,  ao tempo dos beijos inocentes e porque não dizer o também, mas inocente palavrão – Faz-me regressar ao tempo do “tesão”. Tesão de teso, tesão de um beijo, tesão de uma aventura, tesão de um mundo aberto à minha frente em que o difícil mesmo, foi escolher o caminho a seguir… bem ou mal, escolhi o meu caminho, e não foi rio abaixo, decidi ficar, e fiquei bem, obrigado!  Quero acreditar nisso, porque sou feliz quando acredito!
18
Mai07

SERVIÇO DE ABASTECIMENTO DA PALAVRA AO PAÍS

 

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"Vieram ter comigo dos lados do mar. Eram três, eram três mil. Vi que era pão que procuravam ou que não era pão que procuravam. Pus-me a distribuir por eles as minhas palavras: árvore, pássaro, mar, criança, rapariga, mulher. A cada palavra minha eu ia-me esvaziando. Era a vida, a minha vida que se me ia. Eles ficavam incendiados. Nunca tinham pensado que se pudesse comunicar assim coisas próprias. Vieram mais, muitos mais dos lados do mar. Disse-lhes: morte. deus. E caí redondo no chão. Naquele dia ficou instituído o serviço de abastecimento da pa1avra ao país. Ainda vieram ter comigo, dizendo para eu arranjar outra designação, que aquelas iniciais não podiam ser. Mas eu já habitava plenamente a minha morte, meu planeta desde tenra idade."
In homem de palavra[s] - Ruy Belo
17
Mai07

Flô, flô e mais flô

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Em tudo que faço sou autodidacta. Na fotografia não é diferente, mas também sou atraído por isto ou aquilo e sobretudo pela cor, pela diferença e pelo tempo, como quem diz o dia, o dia-a-dia.
 
Não tenho culpa portanto que a primavera nos brinde com cores e flores ou simples flô.
 
Pois aqui ficam mais flô, das selvagens, daquelas que lhes dá na cabeça de nascer aqui e ali fora de jardins, daquelas que me atraem e vão atraindo a objectiva do fotógrafo que vive dentro de mim.
 
Se quiser mais flô é só pedir, mas nem vai ser necessário, que pela certa esta primavera ainda tem mais flô para nos brindar.
16
Mai07

Anoitecer

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Às vezes, raramente é certo, ou quase nunca, ou melhor – momentos destes só acontecem uma vez na vida, mas a sua maior beleza é que, momentos destes duram apenas uns segundos. Aliás todos os bons momentos da vida, os melhores, duram apenas uns segundos ou poucos minutos – por isso é que são momentos!
11
Mai07

Correntes

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Acorrentado ando eu todos os dias, preso na minha liberdade, mas o que convém mesmo, é não deixar que a corrente enferruje e esticá-la até onde nos for permitido… e o resto, é conversa!

09
Mai07

Flores de Pedra

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Não há nada nem ninguém que vença a força da natureza, que neste caso, é a força da primavera.
 
Flores de pedra, é assim que lhes chamo, porque insistem, ano após ano, em nascer por entre pedras, muros e muralhas.

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