Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Fotografia e outros devaneios

Fotografias, e às vezes palavras, de Fernando DC Ribeiro

10
Ago10

E adeus pedra...

.

Falar sobre a pedra de cada um

É complicado

Cada um tem a sua

E o direito a ser apenas sua

Mas há sempre os que insistem

Em que a pedra dos outros

É melhor que a deles

e partem sem destino

ignorando que as melhores

pedras

estão mesmo ali

debaixo dos seus pés

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

.

Ainda bem que esta coisa da pedra

Era só para durar uma semana

Pois já estava a ficar pedrado de todo.

.

.

.

.

.

.

E com as pedras de hoje me vou

Amanhã, seja o que Deus quiser

Ou eu….

….

.

.

.

.

Não se iludam pelas formas

Pois também isto não é poesia.

 

 

 

 

09
Ago10

Pedra e poesia pois

 

.
Ora cá esta ela,
toda arrumadinha,
aparelhadinha, l
ado a lado,
uma após a outra,
desenhando curvas de ilusão,
desafiando as geometrias
mais complexas,
eu sei lá…
para um lado e para o outro,
lá vamos debitando os nossos passos,
apressados ou não sem quase nunca
nos darmos conta que são elas
que conduzem o nosso caminho,
aliás como em tudo na vida…
julgamos conduzir e somos conduzidos,
nem que seja por simples cubos de granito…
é a pedra!
Das folhas caídas e outros (possíveis) poemas,
hoje não vos falo
dou apenas forma de poema à prosa
pois
fartei-me de as aturar
(impingidas)
no tempo em que tudo
ainda era brincadeira…
Mas ái de alguém que diga que isto não é poesia!
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
eu sei que nem é poesia e a prosa até é fraca, mas às vezes basta a forma para criar a ilusão.

 

.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.

.

 

tudo depende da pedra!
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
dá-me gozo gozar assim.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
acabou, não há mais!
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
pedra por hoje!
.

 

28
Mai10

Despido

 

 

 

 

 

Cheguei aqui carregado de palavras

Algumas Inteiras, cheias,

Outras aos pedaços para compor

Trazia versos e rimas

Trazia emoções    muitos momentos

Aromas e cores

Vinham carregadas de intenções

Talvez para umas quadras

Um soneto...


Não… não era prosa que queriam

Mas poemas e muita poesia…

 

 

 

Cheguei aqui carregado de palavras

Mas bastou um olhar

profundo

Para ficar despido

Sem uma sílaba

ou uma letra sequer.

 

 

25
Mai10

Gostos gostosos

 

 

.

 

Saber o que nos espera é sempre bom, um chá reconfortante, um mimo de mãe

Sempre que adoeço, penso nisso

Quando tenho saudades, também

Quando estou cansado, imploro-o

Saber que existe, tranquiliza os nossos passos

Casa, leito, lar, mãe…

Tanto faz! Desde que exista.


 

Que gosto gostoso será esse

Que nos leva à descoberta dos caminhos

Desafiando o desconhecido

Que se perde para lá do horizonte!?

 

 

 


21
Mai10

Maria Maio - Amsterdan

 

.

 

 

 

Maria Maio


 

maria é uma palavra grande

dada em sorrisos

para ser mastigada devagarinho


 

maria é uma palavra grande

que ontem

eram os doces braços de mãe

e hoje descubro

no perfume dos campos de Maio


 

maria é uma palavra grande

que faz de cada palavra um verso

e a ausência        semeia saudade

e a esperança de estar aqui


 

fer.ribeiro – In «Poesía dos Aléns»

 

 

 


Sobre mim

Sigam-me

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Pesquisar

Comentários recentes