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Fotografia e outros devaneios

Fotografias, e às vezes palavras, de Fernando DC Ribeiro

02
Ago10

Semana do Mar - Anos 80 e analógica

 

 

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A primeira vez que vi o mar tinha eu 7 anos. O mar da Póvoa de Varzim, claro, era esse o nosso mar e a nossa praia. Lembro-me de quando dei de caras com ele, ter pasmado, em verdadeiro pasmar durante uns longos minutos.

 

Ainda hoje pasmo a olhá-lo, como pasmei quando o esventrei pela primeira vez ou sempre que o sobrevoo, mas é na praia que acontecem as verdadeiras contemplações. Penso que também em mim vive uma certa raça marinheira.

 

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Hoje fui ao encontro de imagens do passado dos dias de convívio com o mar e as suas coisas, convívio registado ainda em analógico no tempo em que os olhares eram mais pensados e mais selectivos que hoje, não propriamente pela qualidade que se pretendia, mas pelo custo (o pilim) de cada foto, num tempo em que a fotografia era quase um luxo e o dinheiro (esse como sempre) não abundava.

 

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Lamento, também por razões de “pilim” e de juventude não ter os meus registos do mar dos Açores, pois o “pré” de então não dava para suportar custos de fotografias e muito menos de aquisição de máquina fotográfica.

 

Ficam, para esta semana do mar, as minhas primeiras fotografias, dos anos 80 do século passado, já com a minha praia para além da Póvoa de Varzim. Fotografias do Furadouro e da Ria de Aveiro, aí sim, já obtidas com a minha primeira máquina fotográfica, comprada em 2ª mão com um dos meus primeiros ordenados do então jovem trabalhador.

 

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A velhinha dava pelo nome de MINOLTA XG9 com lente também MINOLTA – MD ROKKOR – 50mm, 1:1.7 de 49mm. O Filme de 35mm, pela certa era de 36 fotografias e 100 ASA (ISSO 100), talvez Kodak ou da AGFA, pois repartia as preferências pelas duas marcas.

 

Bons tempos de tempos bons, na praia…

 

 

 


05
Abr10

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Os puristas dirão desta imagem que é um cliché, uma pirosice talvez… pois que digam o que lhes apetecer que a mim tanto me faz, não ligo a puristas e intelectuais, embora faça o registo, também faço aquilo que me da na gana e depois, a fotografia e a imagem, não é só arte, aliás até pouco têm de arte. Vale muito mais o momento que se regista, o sentimento a ela ligada e por isso, há fotografias que fazem chorar, outras que nos revoltam, outras que fazem sorrir…são os momentos registados na fotografia o que mais valem.

 

O momento de hoje foi registado em analógico, decorriam os anos 80 num passeio de carro na marginal do Furadouro, passeios solitários, de arrumação de ideias, de descanso mas também poéticos de contemplação de despedidas do sol. Na imagem, vista fugidia de passagem, apenas houve um click que despertou a imagem de contemplar quem contemplava a despedida do sol, talvez o click natural e selvagem de quem vê as coisas com a simplicidade das coisas simples que puristas e intelectuais profissionais não conseguem enxergar, coitados!

 

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