As cores da luz
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Porque a luz do sol vale mais que os pensamentos
De todos os filósofos e de todos os poetas.
A luz do sol não sabe o que faz
E por isso não erra e é comum e boa.
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Alberto Caeiro, in Guardador de Rebanhos, o Quinto Poema
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Porque a luz do sol vale mais que os pensamentos
De todos os filósofos e de todos os poetas.
A luz do sol não sabe o que faz
E por isso não erra e é comum e boa.
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Alberto Caeiro, in Guardador de Rebanhos, o Quinto Poema
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Ontem vi este pôr do sol, gostei dele e pumba, é tudo. Também gostei do bião e prontos!
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Tenho o dom
Talvez a teimosia
Ou apenas a inocência
De acreditar
Em tudo
Sobretudo nas coisas
Que sempre
Mas sempre mesmo
Julgo simples
Acredito sobretudo
Nas palavras
Mas mais ainda
Nos gestos
Em sentimentos
Em significados
E ideais
Acredito e é tudo
Ou quase tudo
Não fossem as sombras
Desiludirem-me os dias
E mostrarem-me
Que apenas somos um contorno
Vazio
Mas que enche
Por sinal
Com escuridão
Mas
Continuo a ter o dom
Mais que dom
A teimosia de acreditar
Que afinal
Até
Nem passa de inocência
Que se dilui
Na escuridão de uma sombra
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O branco e azul são cores de frio e de inverno
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Mas também as cores quentes de verão fazem a delicia e o sabor das frutas de inverno.
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Quis um devaneio que o visse assim, e quando assim é, não há nada a fazer…
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Começamos sempre pelas grandes questões
As de sempre
Ir ou ficar, por onde, como, aonde…
Não interessa, vamos.
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Estou no ir, andando
Por aí fora, logo se vê…
Mas para ver o quê!?
Talvez não vá – fique
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E fico mesmo…
E onde me sento!?
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Uma pequena homenagem a António Oliveira que faz hoje 100 anos. Acompanhe-se as imagens com música do Abrunhosa!
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