Já sei que prometo (sempre) vir por aqui mais vezes, mas o tempo vai passando e nada. Claro que tudo tem uma explicação, concerteza que tem, mesmo que não seja compreensível, explica-se “e prontos”.
E poderia estar para aqui toda a noite (porque é de noite) com blá, blá, BLÁ e bLá e chegar ao fim sem explicar nada, mas ficava o sentido de dever cumprido…mas não me apetece, ou melhor, não quero ir por aí.
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“Há mais de meia hora
Que estou sentado à secretária
Com o único intuito
De olhar para ela”
Está desactualizado o rapaz, e este, chama-se Álvaro de Campos… são os tais momentos, dos dias, em que a poesia nos povoa. Já não nos sentamos à secretária com o único intuito de olhar para ela, agora sentamo-nos diante de pura e lógica matemática numa guerra de zeros e uns e perdemo-nos entre os milhões de pixeis e luz. Horas a fio em que nem sequer nos damos conta de que a secretária existe.
“Há entre mim e os meus passos
Uma divergência instintiva.
Há entre quem sou e estou
Uma diferença de verbo
Que corresponde à realidade”
Aqui o rapaz já está mais que actual, e prova disso mesmo é este post que não sabe por onde ir, atrapalhado pelas horas, mistura alta tecnologia com burros, olha o umbigo e realça o galo onde há galinha pedrês … uma divergência instintiva… diria o poeta Maior.
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Maior é uma palavra interessante, pois …instintivamente… não diverge mas converge. Basta um simples R para transformar o mês do cio em grande.
Termino. Definitivamente termino, pois não deram conta ainda, mas o que se passa mesmo, é que estou cansado…
“Estou cansado, é claro,
Porque, a certa altura, a gente tem que estar cansado.
De que estou cansado, não sei:
De nada me serviria sabê-lo
Pois o cansaço fica na mesma”
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Obrigado Álvaro de Campos e desculpa hoje transformar-te em Álvaro dos Campos. Fica o umbigo para fazer a diferença.
“já é o sono que desce sobre mim…”
Até amanhã! (aprendi a mentir com os políticos).